quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Música Clássica



Sábado dia 23 de Fevereiro foi dia de espectáculo, Carmina Burana de Carl Orff e 9ª Sinfonia de Beethoven, no Centro de artes e espectáculos da Figueira da Foz, interpretada pela Orquestra Sinfónica da Rádio Nacional da Ucrânia dirigida pelo maestro Volodymyr Sheiko.
Pelas 20 horas metemos pés ao caminho,eu e a família, à chegada a expectativa era grande pois sou novato nestas andanças, confesso que ia expectante, gostei muito, todo o envolvimento do espectáculo, mais de 100 pessoas em palco, realmente fantástico. Mas tenho de confessar, o meu conhecimento musical não deu para grandes entendimentos sobre aquilo que se estava a passar em palco, aceito que me falta cultura musical, e educar o meu ouvido para estes sons que jorram como torrentes dentro de mim, , pois durante o espectáculo tive momentos de euforia e momentos mais contidos, no geral gostei, quero continuar, pretendo deixar de ser um leigo nesta matéria, quero tentar transmitir no futuro um especial gosto pela música ao meu filho, e em especial iniciá-lo na música clássica bastante cedo, dar-lhe as bases para o caminho, e, se depois ele quiser continuar, fico feliz por lhe ter dado a “cana de pesca”.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Miguel Barreira - Terceiro lugar - World Press Fhoto





O “medo” de Jaime Jesus, um bodyboarder de 20 anos, da Figueira da Foz, a cair de uma onda de quatro metros na Praia do Norte, na Nazaré, trouxe até Portugal, para as mãos de Miguel Barreira, fotógrafo do diário desportivo Record, o terceiro lugar da categoria de Desporto dos prémios World Press Photo. Miguel Barreira é o segundo português a conseguir este reconhecimento. O primeiro foi Eduardo Gageiro, em 1974, com uma fotografia do general Spínola.Primeiro senti medo. Depois concentrei-me e tentei manter a calma para aguentar o máximo tempo debaixo de água e esperar que as ondas acalmassem”, diz Jaime Jesus, que confessa ter engolido alguma água. “Eram ondas de quatro a seis metros, consistentes”, diz sobre o turbilhão que o fez voar.O momento só chegou a Jaime para um sexto lugar no campeonato. Mas valeu a Miguel Barreira, o fotógrafo que imortalizou Jaime suspenso no ar, agarrado à prancha, o terceiro lugar da categoria de Desporto entre as melhores imagens de desporto do ano de 2007.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Castelo da Lousã




O Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, localiza-se a cerca de dois quilômetros da vila, Freguesia e Concelho de Lousã, no Distrito de Coimbra, em Portugal.
Na margem direita do rio Arouce, em posição dominante no alto de um estreito contraforte da serra da Lousã, o monumento constitui-se, nos nossos dias, em uma bela atração turística.

O Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, localiza-se a cerca de dois quilômetros da vila, Freguesia e Concelho de Lousã, no Distrito de Coimbra, em Portugal.
Na margem direita do rio Arouce, em posição dominante no alto de um estreito contraforte da serra da Lousã, o monumento constitui-se, nos nossos dias, em uma bela atração turística.


O castelo medieval


Admite-se que a edificação (ou reedificação) do Castelo de Arouce remonta a 1080, quando a povoação foi pacificamente ocupada pelo conde Sesnando Davides, governador da circunscrição conimbricense, cujo mandato lhe foi outorgado por Fernando Magno, soberano que havia conquistado Coimbra aos mouros desde 1064, trazendo a Reconquista cristã da península Ibérica até à região das serras da Estrela e da Lousã.
Conquistado pelos mouros durante a ofensiva de 1124, foi reocupado e reparado por D. Teresa de Leão. Com a independência de Portugal, passou a integrar a linha raiana do Mondego até 1147, quando da conquista de Santarém e de Lisboa pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), que a estendeu até ao Tejo. Nesse período, aqui vinha passar o Verão a sua esposa, a rainha D. Mafalda de Sabóia, com a sua corte. Na Carta de Foral que este soberano concedeu a Miranda do Corvo (1136), faz alusão ao Castelo de Arouce, que viria a receber o próprio foral em 1151. Mais tarde, em 1160, um novo documento alude à Lousã, distinta de Arouce, o que demonstra que a antiga povoação romana voltara a ser ocupada com a pacificação da região, prosperando de tal forma que recebeu foral em 1207, sob o reinado de D. Afonso II (1211-1223).
Em algum momento do século XIV, foi erguida a torre de menagem do castelo. Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521) a Lousã recebeu Foral Novo (1513), época a partir da qual o castelo medieval passou a ser conhecido como Castelo da Lousã.
A Lousã e seus domínios foram senhorio dos duques de Aveiro até 1759, quando passaram para a Coroa portuguesa. A partir de então, a ação dos elementos, a dos séculos e a de vândalos em busca dos lendários tesouros de Arouce, causaram significativos danos ao monumento, inclusive ameaçando derruir a Torre de Menagem.


Os trabalhos de consolidação e restauro


No século XX foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público iniciou-se em 1925, e depois em 1939, quando lhe foram procedidos trabalhos de conservação e reparação por parte da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Uma campanha mais extensa teve lugar entre 1942 e 1945, e, outras, pontuais, nos anos de 1950, 1956, 1964, 1971 e 1985. Esses trabalhos trouxeram-nos o monumento em bom estado de conservação, preservado numa paisagem florestal, que relembra os primórdios da nacionalidade.


Características


O castelo, de pequenas dimensões, apresenta planta no formato hexagonal irregular, no estilo românico e gótico. As muralhas, em alvenaria de xisto, são reforçadas por três cubelos (um a Sudoeste, e dois, menores a Oeste. Outros dois, semi-cilíndricos, flanqueiam o portão de entrada, a sudeste. Atravessando-se este, abre-se uma praça de armas com cerca 130 m².
O topo das muralhas é percorrido por um adarve, defendido por merlões chanfrados. Adossada à muralha, pelo lado norte, ergue-se a Torre de Menagem, com planta quadrangular, ameada. Nela se rasga uma porta em arco ogival, ao nível do adarve, com seteiras pelo lado oposto, e mais duas portas no pavimento superior, em cada uma das fachadas. É encimada por merlões chanfrados.















quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Crash - Colisão


Uma dona de casa e o seu marido advogado estatal. Um persa dono de uma loja. Dois polícias detectives que são também amantes. Um director de televisão afro-americano e a sua mulher. Um mexicano serralheiro. Dois ladrões de automóveis. Um polícia recruta. Um casal coreano de meia idade…


Todos vivem em Los Angeles. E durante as próximas 36 horas, irão entrar em colisão…


«Crash» dá uma olhada provocadora e inflexível às complexidades da tolerância racial numa América contemporânea. Realizado por Paul Haggis, argumentista e produtor de «Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos», o principal filme oscarizado deste ano, «Crash» teve um pequeno orçamento de 6.5 milhões de dólares. Com receitas a aproximarem-se já dos 50 milhões de dólares desde a sua estreia, a adesão da crítica especializada e do público tornaram-no um dos pequenos grandes fenómenos de popularidade do cinema norte-americano de 2005.

Como estás?

Se me interrogarem

- Como estás?

explico que não estou redondo nem quadrado. Neste momento acho-me mais uma espécie de losango.

- Estou losango
quem interroga a olhar para mim sem entender:


- Losango?
e eu


- Sim, losango, nunca te sentiste losango?

Nunca se devem ter sentido losangos. Há alturas em que me acontece pensar que as pessoas são esquisitas mas deve ser problema meu. Aposto o que quiserem que é problema meu.

António Lobo Antunes

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Balada de Gisberta

Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltarQuando se volta p’rò nada.

Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
O fim vem-me buscar.

Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas mateiE com ferros morri.

Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
O fim vem-me buscar.

Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena, A queda.

E o amor é tão longe,
O amor é tão longe… (…)

E a dor é tão perto.

Pedro Abrunhosa