quarta-feira, 19 de março de 2008

Dartacão, eu vi e tu?

O talentoso Mr.Ripley ( Anthony Minghella)






Aqui fica a minha humilde homenagem a Anthony Minghella, com um filme que vi e gostei muito.
Tom Ripley (Matt Damon) possui um dom incomum: é capaz de imitar, com perfeição, a asssinatura, a voz, o modo de se mexer, tudo numa pessoa. Graças a um casaco emprestado, conhece o empresário Herbert Greenleaf (James Redhorn), que lhe oferece mil dólares para ir à Europa trazer de volta seu filho, Dickie (Jude Law). Ripley aceita a oferta e termina por desfrutar da boa vida e da amizade de Dickie e de sua namorada Marge (Gwyneth Paltrow), tornando-se hóspede de ambos. Entretanto, desconfianças pairam sob o passado de Ripley, criando situações contrárias aos seus interesses, o que o leva a matar Dickie e assumir sua identidade.

terça-feira, 18 de março de 2008

Eu sei ( Sara Tavares)

















Se eu voar sem saber onde vou
Se eu andar sem conheçer quem sou
Se eu falar e a voz soar com a manhã
eu sei...


Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
E se um dia eu disser que já não quero estar aqui
Só Deus sabe o que virá, só deus sabe o que será
Não há outro que conheçe tudo o que acontece em mim

Se a tristeza é mais profunda que a dor
Se este dia já não tem sabor
E no pensar que tudo isto eu já pensei
Eu sei...

Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
E se um dia dia eu disser que já não quero estar aqui
Só Deus sabe o que virá, só Deus sabe o que será
Não há outro que conheçe, tudo o que acontece em mim

Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
E se um dia eu disser que já não quero estar aqui
Na incerteza de saber o que fazer o que querer
Mesmo sem nunca pensar que um dia vais passar
Não há outro que conheçe tudo o que acontece em mim

segunda-feira, 17 de março de 2008

O que é um prazer?

Acordo cedo
Domingo, 8 da manhã, acordo com uma voz linda a chamar-me papá, levanto-me indo ao encontro dela, à chegada vejo a maravilha:
- Pai, quero ir para o sofá:
- Vamos, digo eu.
Preparo-lhe o pequeno almoço, e vemos os bonecos matinais, juntos, e quando digo juntos é mesmo a tocar um no outro, que maravilha, é o Urso da casa azul, o Geraldo Boing boing, a Dora, O calimero e seus amigos, etc etc .
São 10 da manhã está um dia lindo, vamos para a praceta os 3 (pai, mãe e filho),felizes. Vê-lo brincar é um gozo, é um prazer imenso, fico sem palavras...
Depois, intervalo, hora de esplanada, café para os pais, um pastel de nata e um sumo para filho, pego nele dou-lhe um beijo, dou-lhe um abraço, dou-lhe outro beijo, dou-lhe outro abraço e digo mas que belo dia, mas que belo dia…

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sai uma bifana.

Um dia destes, mais um amigo meu fui à casa das bifanas almoçar, confesso que gosto de almoçar na casa das bifanas faz-me bem ao espírito, e relembra-me tempos de escola, chegados lá constatamos que não estava o patrão, confesso que gosto quando ele está, forma-se ali um diálogo com os funcionários que não os leva a lado nenhum mas por outro lado alivia-lhes o stress de horas atrás do fogão. Contratempos à parte partimos para o “morfos”, uma sopinha para forrar e de seguida venham elas, depois, bem é um luxo, acompanhadas do branquinho à pressão, é desfiar a língua falar de tudo e de nada. Estes sítios para mim são nostálgicos, sei que vão acabar um dia, mas enquanto não acabam vamos indo… Vê-se gente de todas as idades e classes sociais, ninguém resiste ao sabor das bifanas, digamos que as pessoas que frequentam estes sítios dão uma mistura social muito interessante, engraçado é que o balcão faz como que um circulo e estabelece-se um diálogo entre todos os que ali comem como se de uma mesa só se tratasse. O que é certo, e sem dúvida nenhuma é que comer na casa das bifanas é um prazer, um prazer daqueles que nos transporta para outra dimensão, a dimensão dos petiscos à portuguesa. Da última vez constatei que fizeram obras, era necessário, mas já não é a mesma, parece um restaurante, as novas leis o obrigam, perde aquele ar rústico, ganha uma cara nova, como que a dizer-nos estou a mudar um dia serei um restaurante. Mas sem dúvida nenhuma que aqueles que gostam como eu, destas casinhas típicas, têm que agradecer aos seus proprietários que vão continuando a fazer de tudo para as manter de pé. Da minha parte só me resta fazer publicidade e dizer que não percebo aqueles que por elas passam e não entram…

sexta-feira, 7 de março de 2008

Para ti meu filho.

Quando as coisas nascem,
Algo começa,
Isto começou quando tu nasceste,
Isto,
Isto, que sinto no peito,
Isto, que me dá vida,
Isto, que me dá luz…
Quando as coisas nascem,
Algo começa…
Isto começou quando nasceste
Isto?
Isto, que se sente e não se escreve.

Marco Barata

quarta-feira, 5 de março de 2008

Com um brilhozinho nos olhos

Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de cá para lá
como as ondas do mar.
Conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam,
o que é que aconteceu, diz lá
é que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há.



Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro
muito à frente, muito à frente dos bois
ou seja, fizemos promessas
trocamos retratos
trocamos projectos os dois
trocamos de roupa, trocamos de corpo,
trocamos de beijos, tão bom, é tão bom
e com um brilhozinho nos olhos
tocamos guitarra
p'lo menos a julgar pelo som



E que é que foi que ele disse?
E que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco.
passa aí mais um bocadinho
que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
portanto,Hoje soube-me a pouco



Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores
pusemos a rádio no "on"
acendemos a já costumeira
velinha de igreja
pusemos no "off" o telefone
e olha, não dá p'ra contar
mas sei que tu sabes
daquilo que sabes que eu sei
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos parados depois do que não te contei

Com um brilhozinho nos olhos
dissemos, sei láo que nos passou pela tola
[o que nos passou pelo goto]
do estilo és o "number one"dou-te vinte valores
és um treze no totobola [és o seis do meu totoloto]
e às duas por três
bebemos um copo
fizemos o quatro e pintámos o sete
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos imóveis
a dar uma de "tête a tête"

E que é que foi que ele disse?...

E com um brilhozinho nos olhos
tentamos saber
para lá do que muito se amou
quem éramos nós
quem queríamos sere quais as esperanças
que a vida rouboue olhei-o de longe
e mirei-o de perto
que quem não vê caras
não vê corações

com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo
que é coisa que vale milhões.

E que é que foi que ele disse?...

Sérgio Godinho