quarta-feira, 12 de março de 2008

Sai uma bifana.

Um dia destes, mais um amigo meu fui à casa das bifanas almoçar, confesso que gosto de almoçar na casa das bifanas faz-me bem ao espírito, e relembra-me tempos de escola, chegados lá constatamos que não estava o patrão, confesso que gosto quando ele está, forma-se ali um diálogo com os funcionários que não os leva a lado nenhum mas por outro lado alivia-lhes o stress de horas atrás do fogão. Contratempos à parte partimos para o “morfos”, uma sopinha para forrar e de seguida venham elas, depois, bem é um luxo, acompanhadas do branquinho à pressão, é desfiar a língua falar de tudo e de nada. Estes sítios para mim são nostálgicos, sei que vão acabar um dia, mas enquanto não acabam vamos indo… Vê-se gente de todas as idades e classes sociais, ninguém resiste ao sabor das bifanas, digamos que as pessoas que frequentam estes sítios dão uma mistura social muito interessante, engraçado é que o balcão faz como que um circulo e estabelece-se um diálogo entre todos os que ali comem como se de uma mesa só se tratasse. O que é certo, e sem dúvida nenhuma é que comer na casa das bifanas é um prazer, um prazer daqueles que nos transporta para outra dimensão, a dimensão dos petiscos à portuguesa. Da última vez constatei que fizeram obras, era necessário, mas já não é a mesma, parece um restaurante, as novas leis o obrigam, perde aquele ar rústico, ganha uma cara nova, como que a dizer-nos estou a mudar um dia serei um restaurante. Mas sem dúvida nenhuma que aqueles que gostam como eu, destas casinhas típicas, têm que agradecer aos seus proprietários que vão continuando a fazer de tudo para as manter de pé. Da minha parte só me resta fazer publicidade e dizer que não percebo aqueles que por elas passam e não entram…

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